Sendo efeefe
– Por favor escreva uns quatro parágrafos contando quem é você, quais assuntos te interessam e por que gostaria de cooperar com nosso projeto.
– Podem ser onze? Quero ser sucinto…
Proposta indecadente
– Oi, queremos te convidar para ser curador. De um evento meio picareta sobre assuntos que te interessam, daqui a trinta dias.
– Hm, os assuntos me interessam mesmo. Mas como vai ser?
– Você vai representar a gente e coordenar a programação de uma área inteira, das 9h às 18h no dia do evento, que vai ser em um feriado. A sua área vai ser patrocinada por uma instituição picareta de ensino, como as outras áreas são por outras empresas. Você tem que estar disponível no dia, e precisa também de dedicação e compromisso antes, claro. Tem liberdade total pra criar a programação: pode chamar pessoas pra fazer um grafite, convidar palestrantes, artistas, propor oficinas e o que mais quiser.
– Pô, legal mesmo, agradeço o convite. Mas me conta aí: qual a verba que a gente vai ter pra chamar os palestrantes, artistas, oficineiros? Assim em cima da hora vai ser meio difícil…
– Não, não, no momento a gente não tem verba nenhuma.
– Mas e os patrocínios?
– Ah, as empresas parceiras vão dar toda a infraestrutura, espaço, cadeiras mesas, mas só isso.
– Hm, tô entendendo. Mas diz aí, e a curadoria?
– O que que tem a curadoria?
– Quanto vocês vão me pagar?
– (riso sem graça) não, não, no momento é tudo voluntário mesmo. A gente vai dar uma divulgada, seu nome vai aparecer com foto no site do evento. Queremos nesse ano começar bombando com um monte de conteúdo, e aí pra segunda edição a gente consegue um patrocínio maior, e pode até pagar as pessoas.
– Ah, entendi. Então acho que vou deixar pra aceitar o convite só na segunda edição também. Boa sorte pra vocês.
Dez minutos de vida perdidos ao telefone. Não ganhei nada pra isso, claro. Nem serei convidado pra próxima edição, claro. Certamente o capitalismo liberal de mercado informacional é o sistema mais justo que há.
Outra volta
Roça/Mata
Outro ritmo aqui. Horizontes ondulados e verdes. Canto de pássaros, mugido, cascos batendo no chão. Perfume de flor, fedor de bosta. Muito ar nos pulmões. E na mente.
Elogio da gambiarra em quatro momentos – Facta
Republiquei, no Medium, quatro textos curtos sobre Gambiarra e afins encomendados nos tempos da revista Facta. Quase todos são ficcionais e um nem tanto (apesar da sensação de estranhamento com a realidade estar ali também). Nenhum chega a ser um conto ou crônica. São muito mais descrições de cenário, eventualmente uma piada interna aqui e ali, ou provocações para maior reflexão. Foram escritos ao longo de cinco anos, e não guardam sequência entre si. São eles:
- Gambialeph
- Gambimestre
- Santa IF (decidi alterar o título, bem de leve)
- Gambiareia
Nos próximos tempos, pretendo revisar as traduções para inglês deles e possivelmente montar um ebook com elas, ou ao menos nelas inspirado.
Rumo a Medellín!
A caminho da Colômbia para participar do Colaboramérica.
Minha participação:
Quarta-feira, 21/11
Innovación, redes y modelos alternativos de cultura
Incubadora colaborativa inc.ubalab – Felipe Fonseca (Brasil)
Fundaciòn Viajelogía – Erika Börjesson (Suecia)
Cartel Urbano – José Sarralde (Colombia)
Laboratorio de innovaciòn de Chile – Julia Sanchez (Chile) – Carmen Palma (Chile)
Lugar: Planetario – Kaldi Café
Hora: 16:00 a 18:00
Quinta-feira, 22/11
Innovación social digital: Tecnologías para el cambio sociales.
Conversan: Alejandra Boni (España) + Carolina Botero (Colombia) + Ana Maria Mesa (Colombia) + Felipe Fonseca (Brasil)
Modera: Marco Peres (Colombia)
Lugar: Parque Explora – Auditorio
Sexta-feira, 23/11
Innovación socioecológica: alternativas viables
Por: Felipe Fonseca (Brasil)
La innovación socioecológica abarca todas las iniciativas que buscan construir un mundo mejor teniendo en cuenta aspectos sociales, ambientales, culturales y económicos. Tales iniciativas a menudo trabajan a una escala ultralocal, pero a la vez están profundamente conectadas y dialogando en red en todo el mundo. Y vienen cada vez más adoptando metodologías ágiles, creativas, experimentales y de continuo aprendizaje y perfeccionamiento para alcanzar sus objetivos.
Lugar: Parque Explora – Teatro
Brumas
Metido
Metido é o cara que para desenhar um projeto novo vai reler oito textos de sua própria autoria.
Gilles Deleuze – G de Gauche (esquerda) no Vimeo
Músicos pela paz e pela democracia
Internet
Conexão longa em Frankfurt. Vou demorar uns meses pra digerir a experiência na China. Por enquanto, duas impressões. As cidades alemãs se parecem umas com as outras. E é bom estar de volta à internet inteira.
(dia bonito por aqui).
efeefe 